Projectos

Solista

Enquanto aluno do Instituto Gregoriano de Lisboa, Ricardo Martins teve a oportunidade de colaborar em projectos com obras integrais, de entre os quais se destacam participações em performances completas de Mikrokosmos de Béla Bártok, assim como d’O Livro da Maria Frederica de Frederico de Freitas. Em 2003 e 2004, participou em recitais a solo no Palácio Nacional de Mafra, com obras de Beethoven, Scarlatti, Brahms, Bach e Mendelsohn.

Com um cuidado especial dado à escolha do programa para cada concerto, o seu repertório inclui obras de compositores de várias estéticas e nacionalidades, como Mermaid Suite de Du Mingxin, In a Vodka Shop de Arnold Bax, e In Dahomey de Percy Grainger.

É também um entusiasta da música portuguesa, incluindo o seu repertório as Scenas Portuguezas op. 9 de Vianna da Motta, Prelúdios op. 1 de Armando José Fernandes, Prelúdios de Luís de Freitas Branco, Nove Danças Breves de Fernando Lopes-Graça, e Missa sem Palavras de Eurico Carrapatoso.

Música de câmara

Ricardo Martins tocou com várias formações de câmara, destacando-se o Quatuor de Damase, o Trio para oboé, fagote e piano de Poulenc, e o Trio op. 40 de Brahms. Em duo, tocou “Fantasie über Der Freischütz” de Taffanel, com Ana Carina Sousa, Vier Stücke für Klarinette und Piano de Alban Berg, com Vítor Feitor, e Wesendonck Lieder de Wagner, com Ana Cosme.

Conta também com colaborações com Alexandra Bernardo (Bizet e Wagner).

Em duo com o pianista António Cebola, apresentaram La belle excentrique de Erik Satie, e Le Boef sur le Toit de Darius Milhaud.

Os seus projectos recentes incidem sobre o repertório de câmara para saxofone e piano. Com o saxofonista Raimundo Semedo, apresentaram um repertório variado, desde obras de compositores franceses neoclássicos, até obras mais modernas, como Sete peças em forma de boomerang de Eurico Carrapatoso.

acompanhamento

Como acompanhador, Ricardo Martins trabalha com estudantes e músicos profissionais. Para além de ensaiar com instrumentistas e cantores, participou com Sérgio Silva como acompanhador de aulas de direcção com John Nelson. Acompanhou também os ensaios da Companhia Nacional de Bailado para Alceste de Gluck, com coreografia de Ron Howell. Outras participações incluem a gravação de Salve Mariam de João Gil, com a Orquestra Gulbenkian e Joana Carneiro, e o acompanhamento de recitativos em fortepiano para a produção de Don Giovanni de Mozart, com o Atelier de Ópera da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção do maestro Pedro Amaral.

Participou num recital com alunos da EMNSC para os Dias da Música (2011), no Centro Cultural de Belém. Em 2019, também no CCB, participou num concerto no Grande Auditório, interpretando obras de Debussy, Piazzola e Elgar, com o coro e classe de bailado da EMNSC.

Tocou também com o Coro Regina Coeli e o maestro Pedro Miguel em dois concertos com repertório festivo de Natal de compositores ingleses e portugueses (2013 e 2014).

Enquanto aluno do IGL, participou em vários recitais com cantores, incluindo nas celebrações dos 100 anos do nascimento do maestro Frederico de Freitas, bem como em concertos com A Ceremony of Carols de Britten, com o Coro de Câmara do IGL e o maestro Armando Possante.

Mais tarde, na Escola Superior de Música de Lisboa, participou em múltiplos eventos de música de câmara. Com António Cebola, tocaram Nonsense, de Richard Rodney Bennett, com o Coro de Câmara da ESML e o maestro Vasco Azevedo.

Ensino

Enquanto professor, dedica o seu tempo de investigação aos processos e componentes da leitura à primeira vista ao piano, e à sua aplicação ao trabalho de solista e de correpetidor. Criou e realizou um workshop de leitura à primeira vista na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo, com cerca de 20 participantes. Concebeu também uma conferência intitulada “Leitura à primeira vista ao piano: truques e dicas”, realizada no 1º Encontro Internacional de Pianistas Online Crescendo (realizado no decorrer do confinamento de 2020).